Os olhos esbugalhados,
de pasmo e encantamento...
Ninguém quebrava o encanto,
daquele breve momento.
Ficava sempre extasiada,
olhando a linda bailarina
que na caixinha dançava...
e nunca eu me cansava...
enquanto ela dançava,
eu sonhava... sonhava...
E quase sem dar por isso,
eu a ela me juntava...
dançava... dançava...
De repente ouvia gritar....Maria!
Era a mãe que me chamava,
Eu parava de sonhar...
e a caixinha fechava...
Rosinda (os meus versitos)
Como é bonito o amor...
Como é bela a natureza...
Se olhar-mos em redor,
veremos o esplendor...
E tanta... tanta beleza!
Ao entardecer... o chilrear,
dos alegres passarinhos...
Quiçá estão-se a preparar,
Para regressarem aos ninhos...
Nós também isso fazemos...
mas não sabemos cantar...
Não estando bem com o que temos,
Só fazemos reclamar!
Se parar-mos a meditar,
só apenas por momentos...
Deixaremos de chorar,
proclamando aos sete ventos...
Vou agradecer a vida,
aproveitar cada dia...
Não vou dar-me por vencida,
Vou viver com alegria!
(Rosinda)
Quero sentir ondas de paixão,
o meu corpo no teu enlaçar...
Estremecer em louca perdição...
Dar-me... Ter-te... Amar, amar...
FOTO MINHA COM 20 ANOS
Ai quem me dera... ter outra vez vinte anos...
Diz o fado bem cantado, na voz daquela cigana...
Mas não volta o passado,
nem mesmo com desenganos...
Todos temos nosso fado.
E lá vão passando os anos...
Ai como eu era...
Da beleza pouco existe,
Transformou-se a Primavera...
Num Outono algo triste...
e sempre com desenganos...
Ai quem me dera...
ter outra vez vinte anos...
Rosinda
São apenas desabafos... palavras de amor dorido...
são palavras sem sentido, perco o fio á meada,
não sei nada... sei apenas que te amei e chorei,
porque partiste, mas não choras-te nem sorris-te.
Porém levas-te contigo, todo o tino todo o rumo...
e tudo o que chamava vida se esvaneceu como fumo...
Mas vou erguer-me das cinzas...
com valentia! Sou mulher... dou vida a outro ser...!
Posso sempre se quiser... erguer-me de entre as
cinzas e como uma Fénix renascer...!
Rosinda
Guardo no meu coração, que finjo de aço,
Uma leve sensação que me rejuvenesce.
Apesar das marcas, da dor e do cansaço...
A vontade de amar meu coração aquece.
Guardo ainda em meu coração,
uma vontade louca de viver...!
A ânsia de amor e de paixão,
quero sentir e voltar a ter...
Abre-se então o coração de aço...
que apesar de já tanto sofrer...
Guarda lá dentro, uma linda rosa...
Que pode um dia florescer...
(Rosinda)
Quisera que fosses alma minha
livre de dor e de pesar.
Magoada por amor em conflito,
sabes ainda o que é amar...
Calas no meu peito este grito,
ó alma minha... ferida de morte!
Quis somente viver,
e para isso lutei, mas tão má sorte...
A vida me feriu até desfalecer
e o grito é agora somente
um leve suspirar...
e vou então morrendo lentamente...
Alma minha...
Deixaste há muito de sonhar.
Alma minha...
Deixaste em mim este esgar de dor,
este olhar triste, sombrio, apagado...
Esta saudade tremenda do amor...
Aquele amor que me foi negado.
(Rosinda)
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