Sinto falta de calor... no corpo e no coração.
Zangada com a vida e com o tempo,
Já sinto gelar a alma num lamento...
De vida morta... sem uma emoção.
Construo castelos de sonhos e fantasia,
de emoções e sentimento...
Tenho alma de poeta e sinto com nostalgia...
Que os meus castelos de sonhos...
Estão suspensos no ar e movidos pelo vento.
Mas nada posso fazer,
O sonho a vida comanda... já dizia o poeta.
Decepções, desencantos, venha lá o que vier
Irei sempre acreditar nos meus sonhos de pateta...
Talvez que em parte incerta...
Bem escondidinho no céu...
Haja uma porta aberta,
Para um castelo que é meu.
Rosinda
Paixão não é só sentida,
Num corpo fremente de desejo...
Paixão é também ...
Sentir como ninguém o beijo...
O beijo da vida!
Vida que amo com todo o fervor...
Com todas a lágrimas e sofrimento,
Que me dão valor e ensinamento...
Estou apaixonada...tenho vários amores...
O céu, o sol, a lua, as estrelas, o mar ...
os cheiros e sabores,
Pela vida me deixo abraçar...
Embalada na certeza, desta tão grande beleza,
Que é amar desvanecida.... A vida!
Rosinda
Era um dia de Outono, igual a outro qualquer....
Perto da janela, numa cadeira a balouçar,
A sala estava escura... mas era de certeza uma mulher.
No silêncio absoluto ouvia-se um suave respirar
caíam-lhe lágrimas no rosto... Estava a chorar...
Um chorar doce e sem ruído, sossegado...
Como se a chorar não estivesse...
Numa mão o cigarro apagado...
Na outra um livro... Como se lesse.
Mas balouçava apenas a cadeira...
O olhar perdido algures, era triste...
Como o de quem viveu a vida inteira,
À procura de alguém que não existe.
Aproximei-me e num relógio reparei...
Os ponteiro rolavam bem depressa...
Como se o tempo quisesse acabar...não sei...
Tinha um rosto sereno...
Estava inerte aquele corpo...Não...
Apenas adormeceu... e numa lágrima eu vi, não sonhei...
A forma de um coração,
E umas letrinhas que diziam; AMEI...
Rosinda
Nasci mulher, numa linda madrugada,
Num Abril sonhado Primavera...
Nasci tábua rasa... apagada.
Sonhando a vida como uma quimera.
E foi escrevendo em mim a vida,
me transformou no ser que agora sou...
Cresci como árvore sempre erguida...
Amei e sei que alguém me amou.
E fecundei, qual terra abençoada
Criei raízes e continuidade...
E quando me for não levo nada,
Mas sei que fico e sou lembrada....
E se numa nova vida eu nascer,
Acreditando no recomeçar
Quero nascer de novo Mulher...
E amar.... amar com alegria!
E até me podem dar, o mesmo nome;Maria.
Maria Rosinda
Passo a passo, caminho...
Percorro a estrada a todo custo,
Por vezes bebo fel em vez de vinho...
Embriago-me no amargo desse fruto...
Cheiro-lhe o perfume que me tolhe,
Então paro... e surge a esperança
Aquela amiga que sempre nos acolhe...
Dando-nos fé, trazendo a bonança .
E qual criança com toda a ingenuidade...
Porque preciso de acreditar,
Disfarço o conhecimento da verdade...
Engano-me, fingindo não me enganar...
É suave o trancar da entrada,
Que dá guarida ao meu coração...
Porque me perco nessa abençoada...
Essa esperança que é feita de ilusão...
Rosinda
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