Vem, ainda que em sonhos ,vem...
Ilude-me com promessas e palavras,
Aquelas que o amor tem...
Mas vem, não me deixes só, assim...
Este lugar tão vazio dentro do meu coração
dói, dói bastante em mim,
Esta triste solidão.
E diga-se o que se quiser,
Temo que haja razão
Pois o homem fez-se p'ra mulher
E diz-me o meu coração,
Que não há uma hora sequer,
Que não tenha um momento de amor,
Seja quando for
Pois amar não tem idade
Não tem hora nem lugar,
Ah... como tenho saudade
De amar, amar, amar...
Vem amor, e a sussurrar
Diz-me que posso sonhar
Encontrar antes do fim,
O reflexo de mim...
Rosinda
Eu sou o tempo no espaço da vida.
Ando lentamente, muito devagar,
Ou ando apressado, é uma corrida...
Sou muitas vezes mal aproveitado,
Passam os dias sem pensar em mim,
Quando se dão conta, sou tempo passado.
E dizem então... A vida é assim...!
Que fizes-te tu enquanto era tempo
Se passei por ti e nada fizes-te,
Tens sempre da vida o que tu quises-te
Não andes contra o tempo,
Vive antes com ele como te convém...
Porque ele não cansa , não pára...
É um dos defeitos que o tempo tem,
E tudo a seu tempo... é o que está bem.
Rosinda
Há laços que me prendem,
Que me enlaçam em afectos,
Não se vêem, apenas se sentem...
E se sentir é que importa,
Não fecharei minha porta,
Tão pouco meu coração
Enganos...? Muitos terei
Às vezes uma ilusão,
Assinarei minha culpa,
Gritarei minha razão!
Aprender... eis a questão.
Porque esta vida é de luta,
Mesmo sem armas na mão...
Luto para melhorar a harmonia do ser
E sempre, sempre aprendendo...
Se cair, posso escolher
Ou me levanto do chão,
Ou fico prostrada a sofrer...
Escolho levantar-me e caminhar,
Sabendo de antemão,
Que morrerei abraçada aos afectos
Aos laços deste sentir
Que me aquece o coração,
Dando um beijinho grande, a sorrir...
Ou mandando um abração.
Para vós, meus amigos de eleição
Escolhidos pelo sentir,
Sem lhe saber a razão...
Rosinda
Cheguei, cansada da viagem
Caminhos por onde andei desconhecia...
Mas não me faltou coragem,
E sei que sigo viagem,
Não pararei nem um dia...
Mas agora estou cansada,
Vou fechar os olhos , recostar a cabeça...
Mas logo que o dia amanheça,
Continua a caminhada...
E só pararei um dia, calmamente...
Nesse dia será diferente,
Esse meu adormecer...
Eu pararei de aprender,
Minha estrada percorrida...
Morrerei eu sem saber,
O que faço nesta vida...
Rosinda
Deixei as lágrimas rolarem,
Pena e tristeza, dois gritos dentro de mim...
Choro até minhas lágrimas secarem,
Deixo falar a voz que grita em mim...
A voz do silêncio, amarga é a visão,
Ao ver-te de verdade...
Teu sentir, teu coração errado,
De sonhos embrulhado em palavras envolventes...
Embrulho tão mal atado,
Coisas lindas que não sentes...
Chora comigo a amizade perdida,
Deixa que a Luz brilhe no horizonte...
Não julgues pelos sentidos,
Tens maravilhas de que foste a fonte...
Nem por orgulho ou sentimentos inferiores,
Vou esquecer os meus valores.
Exorto de mim a ira,
Quero sentir a minha alma leve,
Flutuando como uma pluma...
Num sentimento de quem nada deve,
Para transpor esta tão densa bruma...
Rosinda
. Tal como as árvores; "Mor...
. (Escrito em 2010) Carta p...
. (Escrito em 2010) Mascara...
. Solidão
. (Escrito em 2010) Tempo.....
. (Escrito em 2010) Mil e u...