Quisera que fosses alma minha
livre de dor e de pesar.
Magoada por amor em conflito,
sabes ainda o que é amar...
Calas no meu peito este grito,
ó alma minha... ferida de morte!
Quis somente viver,
e para isso lutei, mas tão má sorte...
A vida me feriu até desfalecer
e o grito é agora somente
um leve suspirar...
e vou então morrendo lentamente...
Alma minha...
Deixaste há muito de sonhar.
Alma minha...
Deixaste em mim este esgar de dor,
este olhar triste, sombrio, apagado...
Esta saudade tremenda do amor...
Aquele amor que me foi negado.
(Rosinda)