Sentado na beira me encontro,
Na beira da vida, na beira do muro.
Vivo me sinto ao ver teu sorriso de inocência oriundo.
Como gosto de ver tua bela dança,
Dança de inocência, de felicidade.
E eu aqui, em consciencia sentado
Junto com a eterna saudade de ser criança
Em tudo que é teu encontro esperança,
O sol reluz em ti criança.
És o futuro, és a bonança,
Aos olhos de um velho, eterna esperança.
Sendo sincero já estou a chorar
Vives um tempo do qual só me posso lembrar.
Memórias, angustias, nostalgia sem fim..
Maldito sejas passado em mim...
No pátio te vejo
A correr, a saltar.
Recordas-me a lua
No céu negro a brilhar
Que belo jardim, que bela flor,
Brinca criança com todo fulgor,
Que Deus te prendou com tanta pureza..
Teu olhar, teu sorriso.. Filhos da mãe natureza.
Em ti encontro um pouco de paz,
Descanso suave, tranquilidade..
O que vales no mundo traz felicidade.
Enfim.. De ser como tu tenho saudade...
De ti... me despeço alegre criança.
Comigo levo toda a esperança.
De mim... te deixo conhecimento e experiencia
Utiliza-a um dia... quando tiveres consciência.
Poema do meu filho D.C.
Passo a passo, caminho...
Percorro a estrada a todo custo,
Por vezes bebo fel em vez de vinho...
Embriago-me no amargo desse fruto...
Cheiro-lhe o perfume que me tolhe,
Então paro... e surge a esperança
Aquela amiga que sempre nos acolhe...
Dando-nos fé, trazendo a bonança .
E qual criança com toda a ingenuidade...
Porque preciso de acreditar,
Disfarço o conhecimento da verdade...
Engano-me, fingindo não me enganar...
É suave o trancar da entrada,
Que dá guarida ao meu coração...
Porque me perco nessa abençoada...
Essa esperança que é feita de ilusão...
Rosinda