Sonhando à luz do luar
Sonhos que não tem idade...
Olho-te assombrada,
pela penumbra resguardada
Já perdi a mocidade...
Mas não deixo de sonhar...
Cada marca em meu rosto
São muitos luares de Agosto...
São noites de amor profundo,
Como se acabasse o mundo...
São histórias para contar
Neste meu desabafar...
Vivi, amei, sofri...
mas não deixo de Sonhar...
Rosinda
Enquanto te ouvia a falar assim...
Pela primeira vez senti este vazio,
Um sentimento que julgava sem fim...
Terminou... e só senti frio.
Enquanto me falavas de amor...
És e vais ser sempre a mulher da minha vida...
Palavras... já nem senti dor...
Nem mágoa... secou a ferida.
E ao ouvir-te falar assim ...
Nem falava, pensava para mim...
Pobre criatura...
Quanta desventura...
Nada sentes, não tens nada...
A não ser a loucura,
Em ti encerrada...
Ao ouvir-te dizer...és a minha amada...
e que estou muito linda...
Já não senti nada,
A magia está morta... finda...
E fez-se luz no meu coração...
Há muito que findas-te para mim,
Apenas restava a ilusão...
Daquele amor... que julgava sem fim...
A tua declaração de amor,
Fez-me ver quem tu és... Claramente!
Um ser pequeno... ser menor,
Que a todas iludes, enganas, mentes...
Estou contente penso assim...
estou livre de ti agora,
Já não fazes eco em mim...
Porque o amor... foi embora!
Rosinda