Antes de postar o poema, quero fazer um esclarecimento. Este poema estava no meu blog Poemas na Bruma. Já chega de birra! Tenho tentado crescer com a vida. Ao manter este blog aberto, dou-me conta de que apesar de me julgar nesse direito, não me dá prazer nenhum. Antes pelo contrário. Tenho orgulho de mim, gosto de ser como sou. Apenas gostaria que se reflectisse mais sobre o que vale a pena ou não... A partir de agora o link http://poemasnabruma.blogs.sapo.pt está disponível para quem quiser. Neste momento sinto que cresci mais um pouco dentro de mim. Vaidade...? Não! APENAS UM FACTO!!!!!!!
Peço desculpa a todos os que comentaram este blog, falarei de Guimarães que é realmente a terra onde vivo há 35 anos, que é também terra dos meus filhos e netos, no meu blog onix.
Rosinda
Há silêncios que falam
Há silêncios que falam,
nem sempre dizem o que queremos,
e tão pouco entendem o que dizemos.
Por isso calam.
Mas qual água cristalina e transparente,
Brilhará sempre a palavra inocente...?
Não... brilha mais a falsa mansidão,
que cala sorrindo tristemente,
não podendo ser desconfortável a posição.
E assim decorre pelo mundo inteiro,
a hipocrisia do bem aventurado,
porque se julga menos prisioneiro,
só pelo facto de estar calado.
Abram-se as cabeças, desse mal amados
Desacomodem-se façam pela vida...
Serão talvez mais pesados fardos,
Mas eis que a causa não pode ser perdida.
A causa da justiça e da verdade...
calando ou não a voz de quem a tem,
sairá um dia em Liberdade,
Brilhando na mão justa de alguém.
Rosinda
Há laços que me prendem,
Que me enlaçam em afectos,
Não se vêem, apenas se sentem...
E se sentir é que importa,
Não fecharei minha porta,
Tão pouco meu coração
Enganos...? Muitos terei
Às vezes uma ilusão,
Assinarei minha culpa,
Gritarei minha razão!
Aprender... eis a questão.
Porque esta vida é de luta,
Mesmo sem armas na mão...
Luto para melhorar a harmonia do ser
E sempre, sempre aprendendo...
Se cair, posso escolher
Ou me levanto do chão,
Ou fico prostrada a sofrer...
Escolho levantar-me e caminhar,
Sabendo de antemão,
Que morrerei abraçada aos afectos
Aos laços deste sentir
Que me aquece o coração,
Dando um beijinho grande, a sorrir...
Ou mandando um abração.
Para vós, meus amigos de eleição
Escolhidos pelo sentir,
Sem lhe saber a razão...
Rosinda
Ao sentir esta saudade,
Eu não o posso evitar...
Oiço o som duma guitarra,
E uma voz a soluçar...
Canta contando da vida,
Magoas e desenganos...
Tem a alma muito ferida,
Lhe causaram muitos danos...
Mesmo assim em agonia,
Dum passado que ainda dói...
Fica sempre uma saudade,
De um amor que se foi.
E porque esquecendo a dor,
Fica o coração batendo...
Querendo de novo o amor,
É isto que não entendo...
Não entendo a razão,
Não entendo de que mal,
Sofre este meu coração...
Tem saudades do amor,
Tem saudades da paixão...
Tem saudades de amar,
o meu pobre coração...
Letra do meu fado, Rosinda
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